6 de set. de 2011

Claudia Leitte agita o Recife hoje e dá entrevista a portal pernambucano



A cantora baiana Claudia Leitte diz que somente agora descobriu sua música. “Eu estou me sentindo bem livre, bem breaking the law”, define-se, utilizando a expressão em inglês que significa quebrando a lei, em referência à recente turnê nos Estados Unidos, à parceria com Ricky Martin e à incorporação de novos gêneros musicais. Claudia é uma das atrações desta terça, às 19h, no Cabanga Iate Clube, na festa Carna Brahma, que conta ainda com Vanessa da Mata – que apresenta o disco Bicicletas, bolos e outras alegrias – e o grupo Timbalada.

“Estou crescendo profissionalmente e gravando mais o que gosto. Eu descobri agora a minha música. Foi se rompendo aos poucos com o Babado Novo. É como se eu estivesse agora me libertando de algumas paredes, mas não tem como tirar a música baiana ou a do Babado. Seria até ingratidão. Não quero me desvincular de nada disso”, garante Claudia, que conversou com o Diario por telefone, no sábado, enquanto secava o cabelo, fazia unha e cuidava do filho Davi, de dois anos.

Ela evita falar de internacionalização da carreira. “É expandir artisticamente. Sempre gostei de 
cantar em inglês”, justifica a cantora, que gravou recentemente a música Samba, em português e inglês, com o porto-riquenho Ricky Martin. “Foi incrível. Era como se eu estivesse tomando uma aula. Eu pude ver como ele trata as pessoas. Às vezes, a gente se sente meio mal nessa correria toda, por ser muito acessível, espontânea, aberta. Aí fica no receio de se guardar mais. O Ricky me mostrou que não precisa disso”. Para ela, a declaração do astro de ser homossexual foi uma libertação para ele e muitos fãs.

O próximo DVD, a ser gravado em novembro, no Teatro Castro Alves (Salvador), e em dezembro, em São Paulo, será dividido em duas partes, uma delas com MPB e blues, em momento intimista. Setembro e outubro seriam os meses de planejar a gravação, com ritmo menos intenso de shows, mas o convite para tocar no Rock in Rio, no dia 23 de setembro, mudou seus planos. “A intenção era fazer em uma hora o que a gente faz na estrada, mas sou inconstante pra caramba. É um show que provoca o desejo de marcar o momento. Acabei mudando tudo um pouco antes”, explica a baiana, que não tem medo de ser mal-recebida no evento que, na essência, seria voltado para o rock.

“Não existe mais espaço para preconceito na música. Isso é uma coisa tão retrógrada. Se a música que reúne dois milhões e meio de pessoas e faz a pessoa feliz é menor, imagine o que é estar bem. No fundo, no fundo, todo mundo quer quebrar até o chão, ao som da batucada”, brinca. Para ela, a internet ajuda bastante na aproximação com o público. Todas as suas músicas estão disponíveis na internet, desde que uma gravação amadora da canção Preto vazou na rede. “Hoje em dia, você pode colocar o seu material na rede. Não fica mais demo na mão de empresário, para que adormeça na gaveta ou, por sorte, seja exibido para alguém”, critica.

Serviço Carna Brahma

Onde: Cabanga Iate Clube (Pina)

Quando: Nesta terça, às 19h

Quanto: R$ 40 (pista) e R$ 75 (camarote)

Informações: 3207-0808
Fonte: Por Luiza Maia, do Diario de Pernambuco

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